A sessão educacional “Estudo Observacional de Avaliação e Monitorização de sintomas nas Neoplasia Mieloproliferativas”, moderada pela Enf.ª Maria Sarmento, da Unidade Local de Saúde de Matosinhos, começou com a apresentação da Enf.ª Maria José Monteiro, do Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, focada no “Impacto do projeto MPN10 na literacia dos doentes e na atividade dos Profissionais”.
Durante a sua intervenção, a enfermeira descreveu os conceitos basilares das neoplasias mieloproliferativas e explicou as bases do projeto MPN10, um método de auto-avaliação/auto-preenchimento por parte dos doentes, que permite que os mesmos avaliem os seus sintomas numa escala numérica de 0 a 10.
Os manuais educativos sobre mielofibrose, policitemia vera e trombocitopenia essencial foram dados a conhecer à plateia pela oradora. Estes encontram-se disponíveis em formato físico, no entanto poderão também ser encontrados em formato digital, no site da AEOP.
O impacto do projeto MPN10 na literacia dos doentes e na atividade dos profissionais de saúde foi reconhecido pela palestrante, que referiu que o objetivo principal em ambos os casos é melhorar a qualidade de vida e adesão dos doentes.
A enfermeira investigadora na Fundação Champalimaud, Diana Roriz esteve também presente nesta sessão, que introduziu brevemente as neoplasias mieloproliferativas anteriormente mencionadas, acrescentando que estas têm uma elevada carga sintomática, o que impacta negativamente a qualidade de vida dos doentes.
A interação enfermeiros – hematologistas – farmacêuticos foi destacada pela palestrante como de elevada importância para a gestão do doente com neoplasia mieloproliferativa.
As características do estudo foram apresentadas pela investigadora, assim como os seus resultados basais, que permitiram “caracterizar o perfil clínico dos doentes com policitemia vera, os padrões de tratamento e a sua carga sintomática à entrada na base de dados”.