Oncosexologia e inovação em radioterapia marcam início do Simpósio Ibérico de Radioncologia na AEOP14

O I Simpósio Ibérico de Radioncologia, organizado no âmbito da 14ª Reunião Anual da Associação Nacional Oncológica, teve início às 15:30H e contou com a presença de Paula Amorim, membro da direção AEOP Portugal, e Elvira Garcia, coordenadora do grupo de enfermeiras onco-radioterapêutico do Institut Català d’Oncologia Badalona, para a sessão de abertura – “Passado, Presente e Futuro da Radioterapia (RT). Que desafios?”.

Nesta sessão, foram abordados o passado, presente e futuro da radioterapia em Portugal e Espanha, e questionados os aspetos futuros da radioterapia nos países vizinhos. A evolução tecnológica foi apontada como uma das questões cruciais para a evolução da RT do passado até aos dias de hoje. A existência de uma equipa multidisciplinar foi considerada como uma componente essencial para o bom funcionamento da Radioterapia.

A primeira mesa deste Simpósio analisou o impacto da inovação em RT. Esta sessão contou com a moderação de Fátima Rodrigues, enfermeira coordenadora na área da radioncologia na empresa Júlio Teixeira, que considerou este evento como sendo “uma alavanca para a evolução da enfermagem oncológica”.

Ana Filipa Barros, técnica licenciada em RT, iniciou a primeira apresentação do simpósio descrevendo os conceitos fundamentais da radioterapia. A técnica destacou que 50 a 60% dos casos oncológicos beneficiam da RT e mencionou alguns dos seus métodos de administração, tais como a braquiterapia e a radioterapia externa. A técnica apresentou de seguida as etapas em radioterapia, destacando a presença de uma equipa multidisciplinar como uma das principais componentes para o sucesso da radioterapia. Antes de terminar, a oradora descreveu a radioterapia de intensidade modulada, a terapia volumétrica em arco modulado, assim como a radio cirurgia esterotaxica, e a sua componente extracraniana, radioterapia esterotaxica corporal. Algumas técnicas auxiliares e técnicas inovadoras em radioterapia foram também abordadas pela oradora.

De seguida, Rogéria Gaspar, investigadora em radiobiologia, deu início à sua apresentação descrevendo as diversas respostas à radiobiologia, assim como os fatores que a influenciam. A palestrante descreveu os “R’s da Radiobiologia”, mencionado a reparação, redistribuição, reoxigenação, re-população e radiodisponibilidade das células sujeitas a RT, como fatores essenciais para a sua eficácia. A importância do estabelecimento de doses de segurança e limites de dose foram aspetos mencionados pela palestrante, que dedicou a parte final da sua apresentação à radioterapia esterotaxica corporal.

A enfermeira Elvira Garcia, apresentou seguidamente o tópico “Novas tecnologias em Oncoradioterapia”. A oradora iniciou o seu discurso reconhecendo o paradigma atual da população, nomeadamente o envelhecimento da mesma, a alteração nas estruturas familiares e o aumento de doentes com doença oncológica crónica.

O papel do enfermeiro oncológico foi descrito como fundamental para manter a qualidade de vida dos pacientes e familiares, e o desenvolvimento de programas e políticas de saúde e a investigação científica foram indicados como fatores importantes neste aspeto. A total autonomia do doente foi apontada como o objetivo principal da ação do enfermeiro na radioterapia oncológica. Alguns dos métodos de diagnóstico cronológico, pré-reabilitação, educação para hábitos de vida saudável, medidas antropométricas e exercícios de respiração e cuidados com pele e mucosas foram algumas das variáveis consideradas a ter em conta em radioterapia oncológica.

A segunda mesa deste encontro ibérico, moderada por Catarina Ribeiro, enfermeira no serviço de radioterapia do IPO de Coimbra abordou a temática “Oncosexologia em RT, uma Realidade ou Utopia”. Esta sessão colocou em comparação as perspetivas portuguesa e espanhola, e contou com as oradoras Elda Freitas, coordenadora da unidade de RT no CC Champalimaud Lisboa e com Violeta Ciapa, Genesis Care Madrid.

A enfermeira Elda Freitas iniciou a sua apresentação descrevendo alguns conceitos acerca da sexualidade em oncologia, referindo que os aspetos fisiológicos, psicológicos e socioculturais fazem parte dos fatores que a influenciam. Algumas barreiras a abordagem desta temática foram identificadas pela oradora. A palestrante apresentou de seguida testemunhos de três doentes com perspetivas diferenciadas da sexualidade, registados em vídeo. A capacitação e o suporte da sexualidade foram destacados como fatores importantes na gestão da sexualidade dos doentes oncológicos. Medidas farmacológicas e não farmacológicas na gestão da sexualidade de doentes oncológicos, tais como as suas vantagens, foram mencionadas também nesta apresentação. A oradora referiu que apenas dois centros oncológicos num total de vinte e cinco em Portugal contêm grupos de oncosexologia.

A palestra seguinte por parte da enfermeira Violeta Mirela “El amor em tiempos de cancer” mencionou a importância da sexualidade em doentes oncológicos, descrevendo que o Grupo Espanhol de Pacientes com Cancro despende 33% das suas funções a abordar a temática da sexualidade em doentes oncológicos. Algumas das preocupações na saúde dos sobreviventes de cancro foram abordadas pela apresentadora do tema, assim como algumas das disfunções sexuais presentes em 50% das mulheres com doença oncológica. Alguns dos efeitos secundários da radioterapia e quimioterapia na sexualidade dos doentes fora, descritos, assim como os tratamentos para os mesmos.

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